segunda-feira, 7 de abril de 2014

Old vs New


Alguns de vocês já devem saber que a equipe da Asa Design passou por algumas mudanças. Início do ano a Designer mais velha do grupo pediu as contas e deixou o escritório para trabalhar no estúdio lumen, desenvolvendo artes gráficas para o grupo Boticário. Algumas semanas atrás, foi a vez da Mariana Zuana (devem se lembrar dela no post que eu fiz quando completei um ano de empresa), enfim, ela pediu as contas para trabalhar no estúdio Lumen também. Ironicamente, eu acabei de completar um ano de carteira assinada e agora sou o profissional com mais experiência daquele lugar. Logicamente, isso significa duas coisas: mais responsabilidades e mais dinheiro. Como o tio sam dizia; "Com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades". 
Sim, eu acho que não é algo tão interessante discutir o fato que um garoto recém formado e que ainda esta se adaptando as rotinas do escritório esteja com medo das responsabilidades que vêm pela frente. O fato é que o tema deste post é inspirado nos acontecimentos mais recentes desta rotina. Com a saída das duas profissionais mais experientes do escritório, isso criou um vácuo para ser preenchido, e esta semana nós finalmente conseguimos achar uma nova pessoa para fazer parte da equipe. 
 Durante os meus anos na Universidade eu criei laços muito afetivos com diversas pessoas daquele universo, não apenas com os meus amigos de sala, mas também com os professores, auxiliares, veteranos e calouros. Talvez seja por isso que eu decidi escolher a PUC para fazer o meu curso de pós-graduação. Eu tive diversos episódios marcantes naqueles corredores, mas, o mais traumático e estressante de todos foi a organização para a semana acadêmica, a chamada Charneira. Vocês não têm ideia de quanto estressante foi fazer a Charneira, foi um inferno, ainda mais porque eu fiquei responsável da parte financeira da coisa, e arrecadar dinheiro para promover um evento deste porte sem a ajuda e incentivo do centro de estudantes de desenho industrial da PUC é quase que impossível. Porém, com uma equipe bem motivada (pela a sua maioria) nós conseguimos criar "a melhor charneira de todos os tempos" segundo o professor Cláudio.
 Mas, voltando ao presente, quando surgiram as vagas aqui no escritório, eu fui o responsável de selecionar os candidatos e chamar para a entrevista, e essa foi a parte legal do meu trabalho. Vocês não têm ideia de quantos currículos nós recebemos em apenas uma semana, pela sua maioria eles eram bons (tirando as pérolas), mas foi em uma festa no aniversário da Evelyne que eu encontrei com a Bruna Lazaroto. A Bruna tinha trabalhado junto comigo na infernal Charneira e estava recém formada, por sinal, muito bem formada, ela ganhou o prêmio Marcelino Champgnat (prêmio máximo dado pela PUC para um aluno) e estava procurando um emprego na área. Sem pensar duas vezes eu dei o meu cartão para ela e disse;"Quarta feira ás 10:00 da manhã vá lá no escritório para fazer uma entrevista!". 
Claro que nós também entrevistamos mais alguns candidatos bem qualificados para a vaga, mas a Bruna conseguiu conquistar o coração da minha Chefe e foi decidido. Não foi uma decisão fácil, mas pela a experiência que eu tive com ela durante a PUC, eu sabia que ela tinha o perfil para a vaga. Então, ela começou a trabalhar semana passada e já esta mostrando grandes resultados, até lavou a minha louça um dia (hehehhehe).
Desta forma, devo dizer que trabalhar na Asa é muito diferente de tudo que eu já experimentei. Por se tratar de um escritório pequeno e cheio de mulheres temperamentais, é difícil você distanciar o profissional do pessoal, no final do dia, é tudo muito similar com o espírito de família. E toda vez que você tem que dizer adeus para um parceira de trabalho é algo muito pessoal e eu sou terrível com despedidas e pessoas chorando, eu não sei o que fazer em situações como estas, por isso eu uso o sarcasmo e piadas sem graça para tentar me livrar destas situações. Mas o fato é que por dentro é muito difícil de conviver com esta situação. Para mim, a Mariana foi uma pessoa muito especial naquele ambiente, meio como uma irmã mais velha. Foi ela que me ensinou tudo e me ajudou nos momentos mais complicados. E eu não me sinto pronto de assumir esta responsabilidade sem ela. A vida é feita de conexões. E estas conexões vivem em constante mudanças. A saída da Mari vai ser muito difícil, mas, não podemos ficar nos lamentando sobre as dores da vida, temos que tocar a bola para frente. Eu me sinto muito confiante com a equipe nova, acho que vamos conseguir conquistar ótimos resultados durante este ano. Eu sinto uma boa energia desta equipe, algo quase como... um espírito de família.