Bom,
Para aqueles me conhecem, sabem que eu sou uma pessoa que adora as coisas simples da vida. Mas para aqueles que me conhecem de verdade, sabem que eu adoro um grande finale para qualquer tipo de aventura.
Ontem, eu e o Luca Mattaliano, fomos fazer um tour de bate volta para a Ilha do Mel. Para mim, todo o litoral do Paraná é algo digno da palavra esgoto. As únicas praias que realmente podem ser usadas para banho seriam as praias da Ilha do Mel ou da Ilha das Peças (são ilhas que ficam bem longe dos farofeiros e dos funkeiros playboyzinhos de Caiobá ou Matinhos). O resto... é quase que esgoto.
Saimos de manhã bem cedo na segunda feira (vida de vagabundo), pegamos uma estrada que estava um delícia de dirigir, sem ninguém, tempo bonito e ótimas curvas para mostrar a beleza da serra do mar para o meu amigo italiano.
Chegamos a Pontal do Sul quase uma hora antes da partida da barca, então fomos aproveitar para dar um passeio na Praia de Pontal. Estacionei meu carro quase que dentro da praia e fomos dar uma volta. Depois de um tempo, já estva na hora de embarcar. Então eu fui retirar o meu carro da areia e... claro, ele atolou. Faltavam 10 minutos para a barca sair e meu carro estava atolado... Tivemos que cavar igual loucos, mas a areia era muito fofa... pegamos um pedaço de madeira e colocamos debaixo da roda... e finalmente ele saiu.
Porém, agora faltava apenas 2 minutos para a barca sair então fomos correndo para o estacionamento e depois para a bilheteria. Mas, graças a deus estavamos no Litoral do Brasil e como tudo que tem lá... a barca estava atrasada. Ahh... como eu adoro a pontualidade desse país.
Enfim, embarcamos e fomos para Ilha. Eu já tinha ido algumas vezes para a Ilha do Mel, inclusive, uma das vezes, fui acampar por 3 dias... os 3 melhores dias da minha vida. Mas, mesmo assim eu sempre adoro voltar para ilha e fazer nada... somente ficar lá parado, escutando o vento e se jogando na água. A Ilha do Mel é um paraíso normalmente... e nesta segunda feira... ela estava muito especial: Sol gostoso, água morna e absolutamente ninguém... tudo bem, tinha um grupo de franceses que estavam vagabundiando como nós, mas era só nós, eles e os nativos da Ilha.
Levei o Luca para conhecer o "Centro" da Ilha, o lugar onde o único tráfego de alguma coisa diferente de havaianas é o tráfego de bicicletas (que são poucas). Lá voce pode achar uma variedade de restaurantes, pousadas e lojas turísticas que estão esperando para assaltar o seu cartão de crédito.
Depois de visitar o movimentado centro da cidade fomos tomar banho em uma das praias que eu mais gosto no mundo... a Praia do Farol.
Para mim, foram só dois pedaços no mundo que eu tive coragem de chamar de verdadeiros paraísos: O primeiro foi a prainha do morro do Joá, o local só frequentado por moradores do metro quadrado mais caro do Rio de Janeiro e ex-praia particular da minha Tia Nair. O segundo é com certeza a Praia do Farol.
Simplesmente linda... tranquila e linda, linda e tranquila. A água é transparente, o cenário é perfeito e quase não tem ninguém... somente os nativos e grupo de franceses.
Depois disso fizemos uma caminhada super longa até o Forte e depois voltamos para o centro da cidade com a esperança de comer alguma coisa. Mas como já era final do dia, decidimos voltar de barrigas vazias e comer somente na janta. Por isso (e também pelo fato de que esse seria o último jantar do Luca com a minha família) decidimos levar ele em um local super tradicional aqui de Curitiba., um lugar que voce pode comer o quanto quiser e o que quiser... Sim, nós levamos o Italiano até Santa Felicidade, e Não, não fomos no Madalosso (eu não tinha a coragem de arruinar toda a experiência que ele teve aqui no Brasil). Nós fomos em um outro restaurante muito mais interessante para um turista Italiano, o Peixe Frito. Afinal, voce não vai viajar para a Europa e querer procurar um churrascaria? Além disso, eu achei um ótimo fechamento de viagem já que tinhamos passado o dia na Ilha do Mel. E como sempre, o Restaurante estava muito bom; ótima comida, ótimo atendimento e ótimo local.
Hoje de manhã, quando fui levar o Luca até a estação eu senti que eu finalmente tinha feito algo certo como um amigo. O Luca veio para o Brasil com o objetivo de conhecer e se aventurar em uma cultura totalmente nova e diferente. No fim eu tentei mostrar a verdadeira realidade que acontece aqui e tambem o dia a dia de uma família Brasileira. Eu ainda sou meio novo no ramo de hotelaria, mas eu acho que como guia turístico eu me saí muito bem... mas posso fazer melhor... o que falta para mim? Prática. Por isso eu devo dizer que a minha aventura de hospedeiro e guia turístico esta só começando. Quem sabe qual vai ser o meu próximo desafio? Um português de Lisboa? Um escocês de Glasgow?
Até lá eu já estarei pronto.
Que venham os gringos!
